Pensando junto com Simone


Como gosto muito de Simone de Beauvoir, aqui segue um pouco de seu pensamento:

Sobre Sartre, seu amor, não único, claro!
Sartre correspondia exatamente aos meus sonhos de quinze anos: era o duplo, em quem eu encontrava, elevadas ao extremo, todas as minhas manias. Com ele, poderia sempre tudo partilhar. Quando o deixei, em princípio de agosto [de 1929], sabia que nunca mais ele sairia da minha vida.

Simone de Beauvoir. Memórias de uma moça bem-comportada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p.345.


Sobre a velhice:
A velhice não é um fato estático; é o resultado e o prolongamento de um processo. Em que consiste este processo? Em outras palavras, o que é envelhecer? Esta ideia está ligada à ideia de mudança. Mas a vida do embrião, do recém-nascido, da criança, é uma mudança contínua. Caberia concluir daí, como fizeram alguns, que nossa existência é uma morte lenta? É evidente que não. Semelhante paradoxo desconhece a verdade essencial da vida: ela é um sistema instável no qual se perde e se reconquista o equilíbrio a cada instante; a inércia é que é o sinônimo de morte. A lei da vida é mudar.

Simone de Beauvoir. A Velhice. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. p. 17.


Super Beijo!
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